"Nunca é alto o preço a pagar pelo privilegio de pertencer a si mesmo." Nietzsche

Algum dia

imagem via web

Eu sei que fico melhor sozinha
Mas gostaria de estar com você
Permito-me ver que para outro lado você caminha
Sei que é o melhor
Apesar de não lhe ter

Você é tao bonito sem mim, baby
Sua animação, me anima
Mesmo sabendo que seu coração
Jamais pertencerá a mim
Eu gostaria que pertencesse

Aceito os pequenos momentos
São o bastante para nos ajudar
A vida é um grande tormento
Espero que em outro momento possamos no encontrar
Pelo menos uma vez
Nem que seja uma vez

A vida é uma grande surpresa
E eu sei, eu fico melhor sozinha
Mas espero que a vida nos dê uma chance
Algum dia
Pelo menos uma vez

Certas coisas - Lulu Santos

Um comentário:

Lucas - Blog: Overture disse...

Confesso uma queda por poemas ‘não resolvidos’: aqueles em que eu faço, mas preferiria; tu és bonito, mas jamais pertencerás a mim; sofro, mas aceito pequenos momentos; e, fico melhor sozinha, mas espero que a vida nos dê uma chance...
Para mim, tais poemas do euzinho-lírico das poetisas raras em beleza mexem demais com a imaginação daqueles que, querendo ser poetas por uma vida inteira, nunca foram. E eles se perguntam: mas, como é que ela domina assim, tanto e tão bem, a arte de querer sem querer, de ser sem ser, de falar sem dizer?!
Li o poema sete vezes. Procurando teu eu e tentando dissocia-lo do lírico. No fim, apenas quedei-me admirado de que é um poema belo. Triste, mas esperançoso. Sofrido, mas sábio.
Faz muito, muito tempo, percebi que formal ou informalmente, em verso ou em prosa, em postagem ou conversa, tuas palavras são sempre poderosas.
Mesmo, mesmo, mesmo quando dizem: eu queria, e não posso; eu queria, e não sei...
Tu és bela em tudo que dizes.
Beijosssssssssss